Cheques sem fundo atingem no primeiro semestre a maior taxa para o período desde 2009
 
O comércio varejista no Brasil, que sofreu queda de 0,8% em maio, em comparação a abril, segundo informou do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (11), vem sofrendo as incertezas do mercado num ano em que se esperava a recuperação da economia, o que não está acontecendo, explicou o gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do  IBGE, Reinaldo Pereira. 

Para ele, por causa do endividamento, as famílias não conseguem responder aos apelos de consumo do governo, explicou.

“O resultado negativo não necessariamente representa que o comércio não vai mais crescer. Não podemos dizer que se acendeu uma luz amarela. O comércio vinha operando acima da média da economia. Este dado negativo de maio é um resultado pontual e temos que aguardar os acontecimentos”, disse Reinaldo.

Em relação a maio de 2011, a variação no comércio varejista foi positiva: 8,2% e no acumulado dos 12 meses foi de 7,3%, mostrando a confiança do consumidor, que aproveitou os preços reduzidos pela isenção de IPI nos eletrodomésticos e nos automóveis, explicou Reinaldo. 

"Em 12 meses, teve aumento da massa salarial e de emprego, houve estabilidade no emprego e oferta de crédito, influenciando o comércio”, disse o pesquisador. 

Para ele, a fórmula do governo, de incentivo ao consumo, esgotou-se no momento em que as famílias tentam quitar suas dívidas e não se mostram dispostas a aceitar os chamados do crédito. 

'Saída não é consumo'

“A análise dos economistas de conjuntura é que a saída não é consumo, mas investimento. Em 2008, essa política de apelo ao consumo deu resultado porque não existia o endividamento. Não estamos vivendo a recuperação esperada em 2012, com reflexos na produção industrial e até nas previsões do PIB”, explicou. 

Segundo Reinaldo Pereira, em relação aos eletrodomésticos, desde agosto de 2011 tem havido aumento na atividade devido a incentivos do governo e melhores preços, mas a queda de 3,1% em maio, em comparação a abril, reflete uma acomodação. Como vinha crescendo desde agosto de 2011, é o primeiro sinal negativo nessa atividade.

Dados do IBGE sobre as vendas do varejo em maio revelaram variação negativa comparando com o mês de abril em três das oito atividades pesquisadas: combustíveis e lubrificantes (-0,8%), móveis e eletrodomésticos (-3,1%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,2%). Na análise do varejo ampliado, que inclui mais duas categorias, mais um índice apresentou variação negativa: material de construção (-11,3%). Para o pesquisador do IBGE, esses dados são reflexo da conjuntura de incerteza do mercado. 

Serasa mostra inadimplência 

A inadimplência do consumidor aumentou 19,1% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (11) pela Serasa Experian.

Fonte: * Agência Brasil


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