Sucessão: tema para o empresariado
 
As pesquisas indicam um dado alarmante: somente um terço das empresas familiares passa da primeira para a segunda geração. E destas, menos da metade consegue chegar à terceira. Hoje, o Brasil tem pouco mais de 6 milhões de empresas, sendo que 90% delas são familiares. Sejam grandes, médias ou pequenas, elas desempenham um papel significativo no desenvolvimento econômico e social do País. 

Para evitar aquela máxima “pai rico, filho nobre, neto pobre” e garantir que a empresa tenha futuro é preciso planejamento sucessório. Ele é primordial para a continuidade dos negócios da família, preservação do patrimônio e harmonia entre os envolvidos, pois estabelece os valores e regras que nortearão o processo de transição. 

O planejamento sucessório funciona, ainda, para a implantação de estratégias de longo prazo, já que identifica cenários e riscos. Outras vantagens são redução de gastos com inventário, impostos, honorários advocatícios e, acima de tudo, a preparação dos sucessores para que deem continuidade ao legado. 

É em busca de uma transição tranquila que quase metade das 250 pequenas e médias empresas que mais cresceram no País em 2010 pretende estabelecer um plano de sucessão, segundo um estudo da Deloitte, uma das maiores organizações de auditoria e consultoria do mundo. 

Mas como fazer a transição? Qual o momento certo para isso? O quanto antes estabelecer o planejamento sucessório, melhor – até porque traz clareza e tranquilidade para um processo que é inevitável. A ausência repentina do patriarca pode desestabilizar profundamente a empresa e a família.

Cada planejamento tem uma abordagem singular, pois deve se ajustar às características da empresa – que também são únicas. Mas, em linhas gerais, ele deve estabelecer o modo como o patrimônio será gerido pelos sucessores e prever ferramentas de governança para a solução de eventuais conflitos. 

Por fim, é essencial que os membros da família participem do processo. Todos devem estar cientes do seu papel e comprometidos com o resultado. Um planejamento sucessório imposto é receita certa para o fracasso.

Fonte: * por Alexandre Antunes Martins, gerente sênior da área de consultoria da Deloitte em Curitiba e Joinville / artigo publicado no A Notícia


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