Mudanças na poupança abrem espaço para queda na Selic
 
O governo federal anunciou novas regras de rendimento e tributação para as contas poupança. Tradicionais no Brasil, elas vinham sendo o maior impeditivo para novas quedas dos juros diante da manutenção das reduções da taxa básica de juros da economia brasileira – Selic. 

Até então a remuneração da poupança era definida pela Taxa Referencial (TR) + 0,5%, que fixava um piso para a Selic, estabelecido por volta dos 9%. Abaixo desse piso, a aplicação na caderneta de poupança poderia se tornar mais atrativa para os investidores do que outras formas de aplicação vinculadas à Selic, como os títulos públicos, por exemplo. A medida tenta evitar que, com as constantes quedas na Selic, os recursos investidos em aplicações diversas não migrem em massa para a caderneta de poupança, criando uma insustentabilidade no sistema financeiro nacional. 


Assim, a equipe econômica do governo federal anunciou ontem, como estratégia para manter a procura pelos títulos públicos e continuar o processo de queda dos juros, uma mudança na metodologia de cálculo do rendimento da caderneta de poupança. A partir de agora, sempre que a Selic atingir 8,5% ou patamares inferiores, a poupança será remunerada de acordo com a fórmula TR + 70% da Selic. 

A metodologia de cálculo da ‘TR’ é feita com base na taxa média mensal ponderada ajustada dos CDBs (certificados de depósitos bancários) prefixados de 30 instituições financeiras selecionadas, sendo eliminadas as duas de menor e as duas de maior taxa média. 

Para a Fecomércio, a nova fórmula garante que os títulos públicos continuem sendo atrativos independentemente da Selic e que a poupança passe a ser remunerada de maneira mais condizente com as condições atuais da economia brasileira. Além disso, a estratégia abre caminho para novas quedas da taxa básica de juros da economia brasileira e dá possibilidades ao governo federal de praticar taxas condizentes com o restante do mundo. 

Na avaliação da Fecomércio, a mudança dessa metodologia aliada ao enfrentamento dos altíssimos spreads bancários, mostra um acerto por parte do governo. Juros mais baixos são condição indispensável para que o país continue crescendo. Eles propiciam a expansão do crédito – tanto do crédito ao consumidor quanto para pessoas jurídicas –, a redução dos riscos de inadimplência e, por consequência, dinamizam a economia brasileira de forma bastante consistente, além de, evidentemente, combater o ingresso de capitais com a finalidade especulativa, que enfraquecem a economia nacional.


Fonte: Fecomercio SC


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