Desaceleração da indústria influencia no baixo crescimento do setor de serviços em junho
 

O setor de serviços registrou no Brasil um crescimento nominal de 5,7% em junho de 2014, na comparação com igual mês do ano anterior, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços divulgada pelo IBGE. É a menor variação da série histórica iniciada em janeiro de 2012, inferior às taxas registradas em maio (6,6%) e abril (6,2%).

A segunda menor taxa foi em março de 2013 (6,1%). Os Serviços prestados às famílias registraram crescimento de 11,2%, os Serviços de informação e comunicação, de 5,7%, os Serviços profissionais, administrativos e complementares, de 7,3%, Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, de 4,6% e Outros serviços, de 1,2%. Os crescimentos nominais do acumulado no ano (7,4%) e acumulado em 12 meses (8,0%) foram os menores da série histórica. Os menores acumulados anteriores foram, respectivamente, em março de 2013 (7,6% no ano) e maio de 2014 (8,2% em 12 meses).

Contribuíram para a desaceleração do setor de serviços em junho o resultado de 4,6% dos Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, inferior aos meses de maio (7,5%) e abril (8,0%), e o crescimento de 1,2% em Outros serviços, contra 5,6% em maio e 9,7% em abril. O segmento de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio tem peso de 30,7% na estrutura do setor de serviços e, no mês de junho, a participação relativa situou-se em 24,5%. O segmento de Outros serviços, embora, com peso menor (6,6%), reduziu sua participação relativa de 9,7% para 1,8%.

Os resultados trimestrais e semestrais também apresentam valores inferiores aos dos períodos anteriores. O crescimento do setor de serviços no segundo trimestre de 2014, em relação ao segundo trimestre de 2013, situou-se em 6,2%, contra 8,7% registrado no primeiro trimestre. No primeiro semestre, o crescimento ficou em 7,4%, contra 8,5% e 8,4% do segundo e primeiro semestres de 2013, respectivamente. Os Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio e os Serviços de informação e comunicação foram os segmentos que registraram taxas de crescimento, tanto trimestrais, como semestrais, em patamares inferiores aos dos períodos anteriores.

Receita cresce 6,9% no Estado

Em Santa Catarina, a receita cresceu 6,9% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado de 12 meses, a receita ficou em 11,4%. Nos Serviços prestados à família, o crescimento catarinense acumulado em 12 meses foi de 10,3%; Serviços de informação e comunicação, 12,2%; Serviços profissionais, administrativos e complementares, 10,0%; em Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio houve queda de 11,1%; e Outros serviços teve crescimento de 13,3%.

O setor de serviços sofre os impactos da desaceleração industrial que, entre maio e junho, caiu -1,4% no Brasil e -4,0% em Santa Catarina, segundo dados do IBGE. A atividade industrial do país anda junto com o setor de serviços. Por exemplo, os serviços de transporte, responsáveis, basicamente, pela movimentação das mercadorias produzidas pela indústria, na comparação do mesmo mês do ano anterior, despencaram para o patamar mais baixo da série histórica. Os serviços prestados diretamente às famílias, que vinham mantendo as receitas do setor num bom nível, no mês de junho também apresentaram baixos resultados. A alta inflação do setor – que gira em torno dos 9%, muito acima do teto da meta de 6,5% –, associada à desaceleração da renda – as famílias já não conseguem consumir esses produtos como antes – e da produção industrial explicam o resultado menos expressivo do setor de serviços em junho.

 


Fonte: IBGE


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