Foram criados 41.463 novos empregos formais em julho no Brasil, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego) disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). Nos últimos 10 anos, o resultado de 2013 é o pior para os meses de julho, sendo 70,9% inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado.

Já em Santa Catarina, foram criados em julho 1.344 novos empregos formais, resultado 58,3% inferior ao do mesmo mês de 2012, quando foram criadas 3.227 novas vagas. Os únicos setores a criar novas vagas foram os serviços (1.342) e a construção civil (564), por outro lado, todos os demais setores apresentaram fechamento de vagas: agropecuária, extrativismo mineral, caça e pesca (-295), indústria (-264) e comércio (-3).

A forte desaceleração nas contratações de novos trabalhadores está totalmente vinculada ao considerável aumento do custo do trabalho no Brasil. Nos últimos anos, enquanto os salários apresentaram trajetória de forte crescimento, a produtividade do trabalho permaneceu estagnada, quando não decaiu. Esta conjuntura de custos elevados vem acarretando em aumento da inflação e menores margens de lucros para as empresas, que cada vez criam menos vagas no mercado de trabalho, trazendo um esgotamento da expansão do mercado interno consumidor.

O cenário para os próximos meses é o mesmo, já que o pequeno crescimento prospectado para a economia no ano é insuficiente para proporcionar o dinamismo para que as empresas voltem a acelerar os planos de expansão de vagas de trabalho.