Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo supera teto da meta de inflação em 12 meses
 




O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,26% em junho, 0,11 pontos percentuais abaixo da variação registrada em maio (0,37%). O acumulado do ano ficou em 3,15%, superior aos 2,32% registrados no mesmo período de 2012. Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 6,70%, acima, portanto, dos 6,50% registrados no mês passado e superando o teto da meta de inflação estipulado pelo Banco Central. 

Teve forte influência no movimento descendente do IPCA de junho os alimentos (de 0,31% em maio para 0,04% em junho), os remédios (de 1,61% para zero) e os combustíveis (de –0,75% para –1,67%). No grupo alimentação e bebidas, vários produtos passaram a custar menos de um mês para o outro. 

Alta de 4,79% nos remédios no semestre 

No grupo saúde e cuidados pessoais, que saiu de 0,94% em maio para 0,36% em junho, a principal influência veio dos remédios. Com preços estáveis em junho, após terem aumentado 1,61% em maio, os remédios, refletindo basicamente o reajuste de 04 de abril, completaram alta de 4,79% neste primeiro semestre do ano, acima dos 3,33% do ano anterior.

Queda nos combustíveis

O grupo transportes, embora tenha acelerado de -0,25% em maio para 0,14% em junho, teve o preço da gasolina caindo ainda mais (de –0,52% para –0,93%) e do etanol (de –1,97% para –5,33%).

Ainda no sentido de contribuir para a desaceleração do IPCA de maio para junho, itens importantes no orçamento das famílias subiram bem menos de um mês para o outro. É o caso do item empregado doméstico (de 0,76% para 0,50%), mão-de-obra para pequenos reparos (de 1,94% para 0,35%) e artigos de limpeza (de 0,83% para 0,12%). Os artigos de vestuário passaram de 0,84% para 0,50%, enquanto os eletrodomésticos, que haviam subido 0,49% em maio, chegaram a apresentar queda de 0,56% em junho.

Conforme o economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio-SC), Maurício Mulinai, com este crescimento do IPCA acumulado nos últimos 12 meses (6,7%), o índice voltou a ultrapassar o teto da meta de inflação definida pelo Banco Central.

“Mesmo com o arrefecimento dos preços dos alimentos e a elevação da taxa de juros nas últimas reuniões do Copom a inflação permanece em um patamar elevado, o que pode novamente trazer indesejáveis aumentos dos juros”, explica o especialista. 

INPC apresenta queda entre maio e junho 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,28% em junho, 0,07 ponto percentual abaixo da variação registrada maio (0,35%). No acumulado de 2013 marcou 3,30%, acima dos 5,56% relativos ao mesmo período de 2012. O acumulado de 12 meses ficou em 6,97%, um pouco maior do que o acumulado de 12 meses apresentado em maio (6,95%). Os produtos alimentícios apresentaram variação de -0,10% em junho, enquanto os não-alimentícios aumentaram 0,44%.

A Fecomércio considera que o combate à inflação só será realmente efetivo caso houver um reequilíbrio entre ganhos salariais e ganhos de produtividade e um maior ajuste fiscal por parte do Estado, com menores tributos e maior eficiência do gasto público. Ambos os fatores vêm trazendo uma forte pressão sobre os custos das empresas, que não tem alternativa a não ser repassá-lo para o preço final dos produtos e serviços, realimentando a inflação.


Fonte: Fecomercio/SC


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