Pesquisa aponta queda no percentual de endividamento dos catarinenses em abril
 

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores (PEIC) de abril de 2013, divulgada nesta terça-feira pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio-SC), revela que, na comparação com o mês de março, o percentual de catarinenses endividados caiu de 86,7% para 86,1%.

É a terceira redução consecutiva do índice. Na comparação anual, inversamente, o resultado apresentado foi de alta, tendo o endividamento variado 0,9 pontos percentuais.

Dados do estudo mostram ainda que 34,2% das famílias endividadas e com contas em atraso terão condições de pagar totalmente suas dívidas. Conforme o economista da Fecomércio-SC, Maurício Mulinai, o padrão de endividamento das famílias catarinenses continua muito positivo.

“Tendo como ponto de vista o endividamento por faixa de renda, é possível perceber que as famílias com renda inferior a 10 salários mínimos estão um pouco mais endividadas, em comparação com o mesmo tipo de grupo com renda superior a 10 salários mínimos”, diz Mulinari.

Na categoria dos muito endividados, há maior participação das famílias com renda até de 10 salários mínimos (S.M.), o inverso ocorre na categoria dos pouco endividados – representando 12,2% ante 9,8% na primeira, e 26,3% ante 45,1% na segunda.

Muito endividados


O nível de endividamento das famílias, em geral, apresenta os muito endividados variando significativamente (-6,8 pontos percentuais), passando de 18,5% em março para 11,7% em abril. Os mais ou menos endividados subindo e passando de 39,1% em março para 43,9% em abril.

Entre os poucos endividados houve uma pequena alta: de 29,1% registrados em março para 30,5% de abril. Aqueles que responderam não ter dívidas desse tipo somam 13,9%, ante 13,3% que representavam em março de 2013.

Comparando-se anualmente, a queda dos muito endividados é expressiva e denota uma melhora significativa do endividamento das famílias do Estado. Se em abril de 2012, quase metade dos entrevistados (43,7%) afirmava estar muito endividada, em abril deste ano apenas 11,7% se colocam na mesma situação.

Cartão de crédito como principal dívida


O cartão de crédito permanece com o posto de principal agente de endividamentos dos catarinenses. Ele é responsável por 61,7 % das dívidas dos catarinenses.

Para a Fecomércio-SC, a comodidade deste tipo de dívida, a grande expansão no número de cartões de crédito dos últimos anos, as quedas nas taxas de juros em comparação com anos anteriores e outras facilidades deste tipo de produto financeiro são os principais motivos para a alta participação desse tipo de dívida na estrutura de endividamento do catarinense. Em segundo, terceiro e quarto lugar aparecem, respectivamente, os financiamentos de carros, carnês e financiamento de casas.

Contas em atraso


A quantidade de famílias com contas em atraso também apresentou queda na comparação entre março e abril. De 28,9% de famílias com contas em atraso em março, temos em abril 23,6%. A maior parte das famílias, 76,4%, não tem contas em atraso. Pelo menos 34,2% das famílias endividadas afirmaram que terão condições de pagar totalmente suas dívidas.

O tempo de pagamento destas contas em atraso se concentra acima dos 90 dias, representando 52,9%. O período entre 30 e 90 dias é de 22,4%. E o mais curto, até 30 dias, apresenta 24,7%. Em geral, a média de tempo em dias para quitação das dívidas em atraso tem sido de 64,7.

Análise da Fecomércio-SC


A PEIC de abril de 2013, realizada pela Fecomércio-SC a partir da pesquisa nacional feita pela CNC – Confederação Nacional do Comércio, apresentou a manutenção de um padrão positivo do endividamento e das contas já adquiridas pelas famílias catarinenses. O número de famílias endividadas apresentou a terceira queda consecutiva, famílias com conta em atraso e aquelas que não terão condições de pagar suas dívidas caíram em abril, em relação a março.

“A tendência apresentada pelos números continua expressando um ajustamento na relação de endividamento e quitação dos débitos anteriormente contraídos. Os muito endividados em queda, em correspondência com os pouco endividados em alta, e um pequeno aumento dos mais ou menos endividados completam o perfil de endividamento dos catarinenses”, explica o economista da Fecomércio-SC, Maurício Mulinari.


Fonte: FECOMÉRCIO-SC


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