A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE essa semana, apontou que o comércio varejista registrou em outubro uma variação de 0,8% no volume de vendas e 1,1% na receita nominal, em comparação com o mês anterior – com o ajuste sazonal. Os resultados expressam o quinto mês consecutivo de crescimento do volume e o oitavo mês com elevação da receita. 

Na comparação com outubro de 2011, em termos de volume, o varejo apresentou variação de 9,1%; já no quadro de referência da renda nominal, o avanço foi de 13,9%. No acumulado do ano e no acumulado dos 12 meses, o volume de vendas cresceu, respectivamente, 8,9% e 8,5%. Nos mesmos padrões de referência, respectivamente, a receita nominal evoluiu 12,3% e 12%. 

Para a Fecomércio-SC, esse resultado reflete o atual momento da economia nacional. “Os dados são síntese dos efeitos dinâmicos do crescimento da massa salarial brasileira e catarinense, do crédito facilitado e da política do governo federal de reduzir o imposto sobre produtos industrializados, o que acabou por acarretar uma consecutiva redução do preço dos produtos alcançados pela medida”, afirma Maurício Mulinari, economista da federação. 

Das dez atividades que compõe a pesquisa, somente três registraram queda no volume de vendas em relação ao mês de setembro: “artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e domésticos” (-0,1%), “Combustíveis e lubrificantes” (-0,3%) e “tecidos, vestuários e calçados” (-2,2%). Os outros sete setores tiveram variação positiva: 

• Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (18,4%);
• Veículos e motos, partes e peças (13,3%);
• Livros, jornais, revistas e papelaria (5,2%);
• Outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,3%);
• Material de construção (2,8%);
• Móveis e eletrodomésticos (1,4%); 
• Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebida e fumo (0,4%). 

Em relação ao mesmo período do ano passado, todas as atividades do varejo tiveram variações positivas no volume de vendas, sendo que o segmento que mais contribuiu para a taxa global do varejo, na comparação com o ano passado, continuou sendo os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (33%). O setor de móveis e eletrodomésticos, com aumento de 13% no volume de vendas também com relação a outubro do ano anterior, gerou o segundo maior impacto na formação do desempenho do comércio (26%). 

Já no varejo ampliado houve crescimento de 8%, em relação ao mês anterior, para o volume de vendas, e de 4,7% para a receita nominal – ambos com ajuste sazonal. Quando a comparação é com outubro de 2011, sem o ajuste sazonal, a variação foi de 14,5% para o volume de vendas e 15,6% na receita nominal. 

Segundo Mulinari, essa movimentação positiva do consumo deve continuar se expandindo no restante do ano corrente e também no próximo.