A delegação de empresários catarinenses que integra a Missão Empresarial da Fecomércio SC à China chegou neste domingo a Hong Kong, onde participa de visitas técnicas ao comércio e de reunião com o executivo sênior de Desenvolvimento de Negócios do banco HSBC na Ásia, Rogles Melo, que é brasileiro.
Na apresentação que o banco multinacional fará aos 20 integrantes da Missão Fecomércio SC, haverá uma projeção de que até 2020 o Yuan, a moeda chinesa, vai rivalizar com o dólar.
O HSBC mostrará também como pode apoiar as operações das empresas catarinenses na Ásia. Centro financeiro do continente, Hong Kong tem o título de economia mais livre do mundo, sendo a porta principal para os negócios na China.
Antes de chegar a Hong Kong, o grupo passou dois dias na maior feira do mundo, a Feira de Cantão, em Guagzhou. Lá, foi possível encontrar quase tudo que é produzido o planeta: de uma simples agulha a um avião. São 59 mil estandes com 150 mil produtos, espalhados em um centro de eventos com 1 milhão de metros quadrados.
Na avaliação do economista da Fecomércio SC, Maurício Mulinari, que acompanha a Missão da Fecomércio SC à China, o empresariado catarinense precisa se inserir no contexto econômico do Oriente para acompanhar a evolução dos negócios e, claro, para prospectar novos parceiros comerciais.
“A feira revela dois pontos determinantes: o primeiro é o baixo custo de produção dos produtos. O segundo é a variedade. A feira é enorme e mostra artigos em diferentes níveis de tecnologia. Se a China antigamente era uma oportunidade para os empresários brasileiros, hoje ela é praticamente uma necessidade”.
Para o empresário, Artur Keunecke, um dos conselheiros da Fecomércio SC, é indispensável ampliar os horizontes comerciais em um mundo cada vez mais globalizado. “A gente não tem a dimensão do que é a feira sem estar diante dela. E, chegando aqui, vendo como os negócios funcionam, percebemos que é viável, inclusive para o pequeno e médio empresário, fazer negócios com a China”, avaliou.
O diretor regional do Senac Santa Catarina, Rudney Raulino, considera que a Feira de Cantão pode influenciar o empresário catarinense a se organizar em cooperativas para participar em grupo de mercado internacional. “O empresário que tiver com a gestão organizada, pode, sem dúvida, se planejar a médio e longo prazo em uma associação ou cooperativa para fechar negócios na China”, pontuou.
A comitiva catarinense fica até terça-feira, 6, em Hong Kong. De lá, retorna para Pequim para participar de novas visitas, entre elas, na Federação das Associações Ásia-Pacífico de Varejo. Depois, na sexta-feira, o grupo desembarca em Istambul, na Turquia, para a última rodada de eventos e compromissos comerciais.
Fonte: Fecomercio-SC
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