Crise mundial e timidez da economia brasileira afetam a confiança do comerciante catarinense
 

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) catarinense, apurado pela Fecomércio SC e Confederação Nacional do Comércio (CNC), apresentou queda em julho de 11,3% na comparação com o mês anterior, fechando em 113,3 pontos. O resultado continua satisfatório, apesar de se aproximar da casa dos 100 pontos, que representa o limite entre o pessimismo e o otimismo. O ICEC é dividido em três outros índices: Condições Atuais (ICAEC), Expectativa (IEEC) e Investimento (IIEC).

O ICEC está relacionado à percepção dos empresários em relação à economia brasileira, às condições atuais do comércio e suas expectativas para o futuro. A Fecomércio SC considera que, a seguir, os três principais motivos que levaram à variação negativa do índice: o baixo crescimento econômico do país, a exaustão do ciclo de endividamento das famílias e a retomada de uma trajetória de depreciação cambial, que encarece os produtos importados.

Condições atuais

Dentro do Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), o subíndice das Condições Atuais da Economia (CAE) apresentou a maior queda. A variação negativa de 33% deslocou o CAE para o patamar dos 69,7 pontos. As Condições Atuais do Comércio (CAC) e as Condições Atuais das Empresas do Comércio (CAEC), também apresentam trajeto similar ao CAE e revelaram queda de 24,9% e 28,5%, respectivamente.

Portanto, pelo conjunto dos subíndices, o ICAEC fechou o mês com queda de 28,9%. De 108 pontos no mês anterior, o índice passa a ter 76,8 pontos em julho, o que demonstra, de modo geral, um pessimismo do comerciante com relação à economia brasileira e às condições dos empresários do comércio.

O pessimismo sentido pelos empresários e captado pelo ICAEC tem motivos na atual conjuntura econômica: a crise internacional, o tímido crescimento do PIB, a redução do ritmo de criação de vagas de emprego, a desvalorização da moeda, a exaustão do ciclo de endividamento e os sinais de um possível limite no modelo de crescimento sustentado apenas no consumo sem o acompanhamento dos níveis de investimentos.

Expectativas

Também em virtude do cenário de incertezas da economia nacional, o Índice de Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC) catarinense obteve uma queda de 9,8%, saindo dos 159,8 pontos para os 144,1 pontos.

Todos os subíndices do IEEC, a Expectativa da Economia Brasileira (EEB), a Expectativa do Comércio (EC) e a Expectativa das Empresas comerciais (EEC) diminuíram na mudança de junho para julho. O EEB teve o resultado mais expressivo, de 153,8 pontos para 134,8 pontos (-12,4%). O EC caiu de 158,5 para 140,3 pontos, que em termos percentuais significa um défict 11,5%. Já o EEC ficou com o melhor resultado, diminuindo apenas 5,4%, passando de 167 para 158 pontos.

Mesmo fechando julho com queda, tanto o IEEC como seus subíndices seguem em patamares elevados, indicando que os empresários do comércio catarinense têm boas expectativas para o segundo semestre de 2012. Esta percepção de que o futuro será melhor para o setor sustenta-se nas previsões de que os incentivos do Governo Federal ao consumo e ao setor produtivo, a manutenção do emprego e renda, a expansão do crédito e o controle da inflação terão efeito na economia, mesmo que moderado. Caso isso aconteça, espera-se um crescimento do PIB – maior do que no primeiro semestre, mas ainda inferior aos últimos anos.

Investimento

Em função da possibilidade de um segundo semestre mais promissor, o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) apresentou bons resultados no mês de julho. Teve alta de 2,6%, passando de 115,7 para 118,7 pontos, o que indica uma ampliação dos investimentos do empresário do comércio nos próximos meses. Na comparação junho/julho dos indicadores de Contratação de Funcionário (IC), Nível de Investimento das Empresas (NIE) e Situação Atual dos Estoques (SAE), os dados também são animadores. O IC subiu 4,9%, de 134,8 pontos para 141,4 pontos. O NIE apresentou tímida elevação de 0,5%:- 110,9 em junho para 111,4 em julho. E o SAE cresceu passou de 101,4 para 103,3, representando alta de 1,9%.


Fonte: Fecomercio/SC


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